terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Arte do movimento

Concreto é dizer que nada é indiscutivelmente concreto e exata é sempre a melhor fórmula para o momento. 

Momentos: Fotografias rebuscadas, espontâneas, planejadas, inesperadas, improvisadas.


Movimento breve é a vida e seus atos. Intenso e vigoroso o movimento circular que, no fim, nunca nos leva para o exato ponto onde começou. 


Tudo troca energia, tudo gira em torno de campos de energia. A energia conecta. Vê o equilíbrio na perfeita disposição geométrica de toda a matéria? Universo fractal. Multi verso singular.


Diversidade. Diferentes corpos se conjugando. Ocasionais choques, atração.


Tudo vagando fluentemente. Como planejar? Planejar é antípoda da fluência.


Planejar materializa o tempo. O tempo se mantém intimamente conectado ao planejamento. 


Sem movimento não há tempo!? Sem racionalização não há tempo!? E vice-versa!?


E de concreto, repito, a total incerteza e as costuras do acaso.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Solitude

Os seres hão de ter seu tempo, imaginário tempo que tece seus planos e passos, e enquanto matérias vagantes, dançam, regidos pela equação matemática do equilíbrio.

O equilíbrio é o antípoda do tempo.

O equilíbrio conecta tudo, enquanto o tempo reflete percepções vagas e limitadas de movimento.

A volatilidade do raciocínio e pensamento se perde e se encontra na produção dos mesmos, como fosse um dínamo criando e fornecendo energia ininterruptamente. Assim como o dínamo, eles necessitam de um ponto de partida. A roda precisa começar a girar, faz-se necessário um torque.

A partida está no exato momento do ponto de mutação, ou vice-versa. Nesta equação fractal do movimento de tudo e de todos, as peças formam a grande figura. Qualquer um que recobrar parte de sua sensibilidade perdida, conseguirá, mesmo que sob leve esforço, compreender a existência de forma holística, percebendo-se e colocando-se simbioticamente no espaço.

Esta percepção não conduz ao ponto de partida, tampouco nos indica pontos de chegada, porém nos apresenta o cenário das relações e da interdependência destas relações para o movimento em equilíbrio. Criamos uma ilusão coletiva de tempo, pegamos os pontos A, B e C, correlacionamo-los e estabelecemos uma contagem para o nosso movimento. Este espaço de contagem apresenta diferentes fotografias, diferentes espíritos de época. Os seres e suas mentes voláteis estão vagando em meio a este movimento, criando, destruindo, aceitando, iludindo...  

Os seres que eu vejo não são os mesmos que tu vê, bem como nossas respostas não são as mesmas, pois não compartilhamos, salvo genericamente, das mesmas perguntas. Compartilhamos sim de uma grande necessidade chamada equilíbrio.

A mente coletiva está fracionada pelo tempo, pelas perguntas não feitas, pela laboralidade de seu espírito contemporâneo, pela diversidade não compreendida, pela necessidade da conquista em detrimento do enlace. Criamos palavras e nos perdemos em meio a elas.

Toda essa volatilidade da existência e de nossas mentes nos coloca numa situação de constante recomeço, de seguidos e infinitos pontos de mutação.

Olhar ao redor e não perceber transformação, é como olhar para o mar e não ver movimento.

E quanto ao equilíbrio, quisera eu observá-lo pulsante ao meu redor, mas quanto ao pensamento crítico, a inércia, com maestria, cumpre bem o seu papel.  


"Que época terrível esta, onde idiotas dirigem cegos."
William Shakeaspeare

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Culpados e inocentes


A forma como tu vê, defendendo ideais baseado naquilo que tu aprendeu como correto e eticamente praticável.

Forma estática. Fôrma padrão.

 Não existe estática de ponderação e senso crítico. Não existe estática de pensamento.

Mecanização do pensamento, mecanização das relações, seres uniformes.

Corrupção de idéias e ideais.

Culpados e inocentes. Ninguém escapa destes dois adjetivos.

Somos os dois <-> Todos somos <-> Simbiose <-> Somos todos <-> Interdependência

Consciente ou inconscientemente tu contribui. Todos contribuem.

Todos são operários nesta construção. 

Nesta construção a ação é ativa e a omissão não menos.

Virar a cabeça para os problemas tangíveis, virar a cabeça para as pessoas invisíveis, virar para não ver, esconder para não ofertar.

- Mundo moderno - Especulação - Escassez - Dinheiro - Indignação - Contentamento - Servidão Moderna - Esperança - Novas religiões - Velhas formas de poder - Televisão - Poder Midiático - Telepatia - Sustentabilidade - Liberdade - Abundância - Tecnologia - Transição - Clareza de idéias -

Culpados e inocentes.

Todos somos.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Passado a limpo

10, 20, 100...

Passa tempo, tempo passa.

Reações profundas.

Certeza da constante cinética e incerteza do seguinte passo.

Passo seguinte.

Passo adiante a revolta, pois o tempo continua o mesmo...incontável, imensurável.

Tu pode viver a tua vida passando pelo passado sem ser notado.

Passa dor, passa gente, passa amor.

Passo adiante o rancor, entretanto com ódio fomento, portanto com ele passo.

Com passos largos a vida segue. Pessoas, simbioses naturais e passageiras.

Pessimismo passa. Passa vida, passa ano, passam planos.

Passa tempo, tempo passa.

domingo, 30 de janeiro de 2011

O acaso

Cientistas colocam na matemática explicações para singulares acontecimentos evolutivos e de interação entre todas as coisas.

Num universo em expansão, tudo e todos viajam livremente, até encontrarem algo ou alguém.

Tenho medo de tentar explicar coisas com o uso de ciências exatas, pois quando observo as diretrizes evolutivas do homem através das ciências humanas, vejo constantes mudanças na exatidão das que, de certa forma, deixam de ser tão exatas assim. 

E nessa constante viagem de tudo e todos, ocorre o que nenhuma ciência conhecida jamais foi capaz de explicar: o acaso.

O acaso está lá, unindo e separando a todo momento. Ele dá cores ao cinzento cenário da exatidão. Ele não requer relatos, coordenadas, fórmulas.

O acaso é belo por ser sempre iminente e surpreendente, por ser convergente e divergente ao mesmo tempo...

...e, para mim, a melhor parte: é belo, pois, como todas as coisas genuinamente belas, não tem explicação.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Um, dois, três...

Tic tac...o relógio não para


A música rola, entra nos teus ouvidos, suavemente...cada palavra sussurrada, cada elemento vai construindo o som...e ela se desenrola harmonicamente.


Tic tac...o relógio não para


E a sexta-feira chega, precedendo dias prolongados de folga pelo feriado que está por vir...e tu enche tua cabeça de planos...programa com exatidão os passos...pra onde vai, quando vai. Tudo milimetrado para usufruir dos seus três dias de descanso.


Tic tac...o relógio não para


São sete horas da manhã e o relógio desperta...o teu sonho foi cortado no meio, mas tu nem lembra mais dele, agora o importante é manter a rotina exata para que nada saia errado pois o trabalho te espera ansiosamente.


Tic tac...o relógio não para


É um formidável almoço, saboroso e com um aroma hipnotizante...vamos lá, otimizar os minutos de intervalo para saboreá-lo enquanto o prazo não se rompe. Talvez não dê para provar aquela sobremesa que pareceu magnífica, mas haverão outras oportunidades...talvez.


Tic tac...o relógio não para


Se passou um ano, e teus vinte dias de férias serão finalmente aproveitados...rápido, faça as malas, revise seu carro, ponha-o na estrada...viaje na highway...viaje no som...ele está rolando...ele não pausa, ele é matemático...as paisagens ao redor mudam...o clima, a altitude...em vinte dias muita coisa vai mudar, mas em vinte dias tu vai voltar.








Tic tac...Tic tac...Tic tac

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Inevitável

Fazemos parte de um grande movimento.

Não falo de fé, de política, de sistema financeiro, de sindicatos ou quaisquer outras coisas elaboradas pelo ser humano. Falo de um movimento máximo das coisas. 

Falo da expansão de tudo e todos.

Expansão física. Expansão espiritual. Expansão energética.

Este movimento é equilibrado. Equilibrado, pois segue a regra do acaso. Numa macro visão, tudo está apenas vagando em meio a imensidão de um grande uni(multi)verso de coisas, verdades, ideias e seres animados e inanimados.

Alguém, ou alguns, criou unidades de medida para esse grande movimento. Mas ele não tem medida. Não se estabelece como gradiente exato.

Seguindo a regra do acaso, acredito que tudo é passível de choque e interação. Mesmo tu se percebendo estático e tentando estar distante de tudo, ao teu redor tudo flui, dentro de ti tudo flui. Não há como fugir. Fugir do movimento e do choque é fugir do inevitável.

Todos os choques geram uma interação e todas as interações causam um choque. 

E quando existe o choque e a interação, teu caminho e tua existência já não são mais os mesmos.